A revolta do X

Olá, eu sou o X.
Sou várias coisas. E pode ter certeza que me escondo em qualquer situação. Eu habito em qualquer lugar. E também sou o responsável pela dor de cabeça daqueles que não se prepararam para o teste (ou para a vida).
Habito nas matérias escolares também.
Na matemática eu sou a incógnita.
No Português eu sou uma letra do alfabeto.
Na Biologia eu sou aquele que determina o seu gênero. Se você que está está lendo for uma mulher, então significa que na companhia de outro X eu me apresentei nas suas células somáticas. Se você for uma homem, me apresentei na companhia de um Y –  devo dizer-lhe também que o Y é o meu companheiro de guerra. Volta e meia somos vistos juntos.
Mas vocês não me encontram somente nessas três matérias, como também em Física, Química etc.
Eu me escondo no cotidiano de cada um. Pois sempre sou o responsável pelo infortúnio da maioria. Mas nesses casos sou apresentado com outros pseudônimos, tais como: Motivo; Razão; Circunstância etc. E se você parar para analisar, todas essas palavras são sinônimos de um único fator: O X da questão – que no caso sou eu.
Mas isso não vem ao caso e pode ser que não faça sentido algum. Mas uma coisa eu posso garantir: Se você passar um perrengue por minha causa, isso lhe trará uma boa dor de cabeça!
Depois desse blábláblá todo, ainda ousam dizer que eu sou uma mera letrinha sem qualquer serventia? Engano seu, meu caro! Eu existo SIM! E por existir que te faço passar por diversos apertos.
Eu sofro também – para compensar todo o sofrimento que causo – Como na ortografia. Diversas vezes sou trocado pelo "ch". Mesmo trocado por essa duplinha dinâmica, a pessoa que o fez arca com as consequências. E aí estou eu novamente! A  professora ao corrigir a redação, percebe que algo está errado, ou seja, ela teve que encontrar o "X" do problema. Fui a razão por dois infortúnios. Um me trocou por um par de letras e por esse motivo a professora teve que me encontrar. E ela tentando me encontrar, percebeu que o x – no caso, eu – era um X – eu de novo – que estava faltando. Quanta ironia!
Afinal, o que sou? Ninguém sabe! Mas eu sei que dou uma trabalheira danada quando resolvo brincar de ser encontrado. 
Você, seu amigo, seu vizinho, seu cachorro e o mundo me denominam como uma incógnita. No entanto, eu estou ciente que sou nada mais e nada menos que o centro desse mundo de infortúnios.

PS: E também sou aquele que define um duelo. Exemplo: Razão X Emoção.


Texto escrito por Leah.

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